20 novembro, 2013

5 perguntas a Filipe Pádua

Treinador das Juniores Feminino
Como se deu a entrada no clube?
O convite foi-me feito pelo Paulo Lima e foi completamente inesperado. Eu nunca tinha entrado em nenhum projeto da Associação de Futebol de Aveiro e, apesar de contar com uma experiência de 13 anos, também ainda não tinha treinado futebol feminino. Desde que me foi dado a conhecer este projeto não foi difícil convencer-me a aceitar, as linhas gerais assentam no crescimento sustentado do clube, com ideias bastantes sólidas.


- Quais as expectativas para 2013-14?
As espectativas são sempre altas quando acreditamos no nosso trabalho e fazemos com que as atletas acreditem também. Este projeto já foi iniciado na época passada, foi o ano “zero”, por isso só têm que melhorar. Temos um grupo de atletas juniores ainda em crescimento, não só em número mas também desportivamente, o que nos dá todas as garantias de que isso venha a acontecer.

- Qual o principal objetivo para a equipa esta época?
Os objetivos no futebol de formação são muito vastos. Embora haja uma enorme vontade de ganhar e conquistar pontos o principal objetivo é formar atletas para a equipa sénior, incutindo-lhes o gosto pelo desporto. Ao nível da competição queremos andar nos lugares cimeiros para que o Fiães seja uma referência no futebol feminino. Gostava ainda de dizer que, embora seja inevitável que se fale de objetivos desportivos, e estes sejam considerados muito importantes, para mim se alguma atleta desistir ao longo da época, por falta de motivação ou porque perdeu o gosto pelo jogo, fará com que os objetivos não tenham sido alcançados na sua plenitude. 

- Que nos falta para sermos ainda melhores nas equipas?
Falta pensar como os melhores, trabalhar como os melhores, ter mentalidade ganhadora, e isso incute-se desde as “escolinhas”. Atualmente é muito complicado exigir a um jogador jovem, que “paga" para treinar, que seja responsável e aplicado nos treinos/jogos. Nestas idades existem muitos fatores extra futebol que os desviam não só do objetivo pessoal mas também do objetivo da equipa, tudo passa pela mentalidade de cada um dos atores do jogo. Por isso, quando vemos um jogador nas camadas jovens com mentalidade vencedora, temos a certeza que o vamos ver durante vários anos, não só nas camadas jovens e nos distritais, como em patamares superiores. Os outros estarão só de passagem.
Depois, sem dúvida que ajudaria termos um campo sintético para treinar e jogar, embora isso não seja fundamental para o nosso trabalho. Todos os jogadores e treinadores gostam de trabalhar nas melhores condições mas, como diz o ditado, “uma boa fiadeira, fia num pau de videira.” 


- Qual o principal objetivo e ambição do treinador no futuro?
No presente o meu objetivo passa por dar o melhor de mim neste projeto, dignificar quem me convidou e o clube que represento. Quanto ao futuro, sou ambicioso e não escondo que gostava de treinar equipas seniores masculinas. Mas enquanto isso não chega, valorizarei sempre os projetos sólidos em que me sinta bem.

4 comentários:

  1. Parabéns ! excelentes respostas.
    Identifico me com esta forma de pensar que pensava estar a ser esquecida por esta nova geração de treinadores.

    Abel

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    1. Obrigado Abel, Só sei estar assim no futebol. Abraço
      F. Pádua

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    2. agradavel surpresa essa entrevista, um prazer indiscritivel saber que um Amigo e Conteraneo consegue tanto em tao pouco tempo... como o ceu é o limite, e o teu trabalho e personalidade comecaram a ser reconhecidos nesses dominios, só nos resta aguardar que tudo corra pelo melhor e que a subida de patamar seja realidade segura...
      obrigado por seres como és, Embaixador de Parada!

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    3. São este tipo de respostas e mentalidades que nos levam a continuar a trabalhar com os jovens Atletas e a apostar o nosso tempo na formação deles. Gostava de ver mais dirigentes e treinadores com esta forma de pensar.
      Nuno Leite

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